Desde o dia 13 de setembro que ando a tentar escrever um post mas não consigo. Nenhuma ideia parece ser boa o suficiente e quando existe alguma que até seja razoável não consigo dar-lhe asas, ou seja, escrevo uma linha e apago-a em seguida. Peço desculpa por estar num poço sem ideias, criatividade e inspiração, mas há semanas assim.
Esta carta é para a irmã que eu nunca tive. 😂 |
Olá Joana.
Provavelmente seria assim que te chamarias, porque terias nascido depois de mim, o tempo suficiente para eu já andar no infantário e ter uma amiga bonita com esse mesmo nome. Fisicamente serias mais como a mãe, o teu cabelo seria escuro e terias olhos cor de mel e serias um daqueles bebés gordos. Agora não falando do fÃsico, serias mais como o pai e saberias todas as capitais.
Escrevo-te porque quero explicações por nunca teres nascido. Sabes quantas vezes foste desejada por mim? Tenho noção que a minha vida seria completamente diferente, eu mesma não seria assim psicologicamente, pois teria lidado com outras situações provocadas por ti. Os pais teriam me mandado arrumar os teus brinquedos espalhados pela casa, talvez houvesse um ano em que eu teria que cuidar de ti e andar contigo atrás e talvez teria que ajudar-te a convencer os pais a deixarem-te ir estudar para fora, mas isso não importaria porque não teria chegado a um ponto de um dia estar à frente do espelho a pentear-me e olhar para trás a imaginar uma rapariga baixa e com uma voz fina a perguntar "Posso ir ao teu computador?".
Serias uma rapariga cheia de energia, sempre muito positiva e brincalhona. Não te imagino a ser uma rapariga muito sentimental, serias um cubo de gelo para os rapazes, mas terias todos eles à tua trás.
Mas nunca exististe e nem vais existir, pelo menos nesta vida.
Uma coisa que sempre apreciei e faço questão de dizer a imensa gente à toa é que uma das coisas que mais gosto na vida é o simples facto de que quando acontece uma coisa que parece o fim do mundo, planeio na minha cabeça nunca mais conseguir sair dessa e no dia a seguir, ou até umas horas depois, acontece algo que não estava à espera e muda tudo.
No verão é a altura em que mais observamos diferentes corpos e as minhas idas à praia recentemente têm me feito pensar numas coisas.
No meu mundo as pessoas defendem qualquer tipo de corpo, ninguém é visto como mais ou menos pela quantidade de peso que tem.
Nós sabemos que as pessoas gordas, com peso a mais, são gozadas e por norma, elas se sentem mal com isso e esta sociedade só sabe gozar deles e quando nós, a outra parte da sociedade que apesar de verem que as outras têm peso a mais não gozam, vimos coisas dessas ficámos sensibilizados com isso e queremos ajuda-los a se defenderem e a não se sentirem mal com isso. Estou errada?
Mas como há pessoas gordas, também existem pessoas magras, ou com peso a menos, que na mesma são gozadas e acabam também por se sentirem mal com isso. Mas quando se trata de pessoas assim, as pessoas que não gozam comportam-se de diferente maneira, ou seja, não os ajudam.
Não sei se me estou a fazer entender. Imaginem uma situação onde há uma pessoa gorda e outra magra a serem gozados, nós só achamos que a pessoa que se está a sentir mal com os insultos é a que tem peso a mais, mas na verdade não é e estamos todos a crescer num lugar onde nos gozam tanto por serem gordos como magros.
Não sei se me estou a fazer entender. Imaginem uma situação onde há uma pessoa gorda e outra magra a serem gozados, nós só achamos que a pessoa que se está a sentir mal com os insultos é a que tem peso a mais, mas na verdade não é e estamos todos a crescer num lugar onde nos gozam tanto por serem gordos como magros.
Desde que me lembre sempre tive dos dois tipos de pessoas na minha turma e no meu nono ano tinha um colega gordo e uma colega magra. O meu colega tinha a consciência que era gordo, mas ainda assim quando eles faziam piadas sobre isso e até ele mesmo, eu dizia qualquer coisa para o fazer sentir melhor, como qualquer amigo faria, acho eu, porque lá no fundo quando eles gozavam eu conseguia ver uma ponta de tristeza nos seus olhos azuis.
Em relação à minha colega, ela nunca engordou e então nesse ano, nos últimos dias de aula ela trouxe uma saia e a meio de uma aula, o meu colega do lado diz um insulto mesmo estúpido que acho que não lhe saiu da cabeça até ao final do dia. Eu só consegui olhar para ele com o maior ódio possÃvel e depois disse à minha colega para não lhe ligar, que ele só foi estúpido.
E é sobre essa parte de defender as pessoas magras que está a injustiça, porque ninguém o faz.
Este ano, mais uma vez, tenho um colega ainda mais gordo e uma colega ainda mais magra, e insultam os dois, mas só defendem um e eu sei que vocês já sabem qual é.
No meu mundo as pessoas defendem qualquer tipo de corpo, ninguém é visto como mais ou menos pela quantidade de peso que tem.
Uma coisa que eu não gosto nada de ouvir, mas que ouço imensas vezes é que "as mulheres não sabem conduzir", "são umas desastradas na estrada", que "são poucas as que não atrapalham". E adivinhem só de onde vêm essas palavras... das bocas dos homens, claro.
Fico frustrada quando os homens acham que nós, mulheres, não sabemos fazer certas coisas tão bem como eles. Eu conheço tanto mulheres e homens que não se safam tão bem na estrada, como umas e uns que já se safam, mas eles têm mais a mania que outra coisa qualquer.
E se fosse só na estrada que eles se acham os maiores, não é?
Já que estou a escrever sobre a estrada gostava também de partilhar a minha irritação, nas últimas semanas, que a polÃcia me tem provocado. Eu ainda não tenho carta, então sempre que ando de carro posso focar-me no que quiser e ultimamente tenho apreciado a condução dos polÃcias e quando somos nós, o povo, a não fazer um pisca, a passar em cima de uma linha contÃnua, levamos um sermão, uma multa, não sei, mas os meninos, como são a autoridade, têm o rei na barriga e podem fazer tudo o que lhes apetecer.
E uma das coisas que mais detesto, é quando, por exemplo os polÃcias, têm de nos multar por certas coisas que fazemos e eles não dão o exemplo e fazem essas tais coisas. No meu mundo justo para onde quero ir viver, os polÃcias comportam-se exatamente como nós, sem passar por cima de linhas erradas, fazendo o pisca e levando sermões.
Atenção! Eu sei que muitos dos condutores também cometem asneiras, mas estes quando são apanhados têm consequências, ao contrário dos polÃcias.
Fico frustrada quando os homens acham que nós, mulheres, não sabemos fazer certas coisas tão bem como eles. Eu conheço tanto mulheres e homens que não se safam tão bem na estrada, como umas e uns que já se safam, mas eles têm mais a mania que outra coisa qualquer.
E se fosse só na estrada que eles se acham os maiores, não é?
Já que estou a escrever sobre a estrada gostava também de partilhar a minha irritação, nas últimas semanas, que a polÃcia me tem provocado. Eu ainda não tenho carta, então sempre que ando de carro posso focar-me no que quiser e ultimamente tenho apreciado a condução dos polÃcias e quando somos nós, o povo, a não fazer um pisca, a passar em cima de uma linha contÃnua, levamos um sermão, uma multa, não sei, mas os meninos, como são a autoridade, têm o rei na barriga e podem fazer tudo o que lhes apetecer.
E uma das coisas que mais detesto, é quando, por exemplo os polÃcias, têm de nos multar por certas coisas que fazemos e eles não dão o exemplo e fazem essas tais coisas. No meu mundo justo para onde quero ir viver, os polÃcias comportam-se exatamente como nós, sem passar por cima de linhas erradas, fazendo o pisca e levando sermões.
Atenção! Eu sei que muitos dos condutores também cometem asneiras, mas estes quando são apanhados têm consequências, ao contrário dos polÃcias.
Hej! Jeg heter Noora!
O mundo deu-me algumas ideias nos últimos tempos e juntamente com elas veio inspiração e motivação, por isso, pela quase décima vez, estou outra vez por aqui e a sentir que pertenço a este lugar e não podia me sentir melhor.
Já passei por esta fase um milhão de vezes, mas continuo a não saber como fazer isto. O que é que é suposto escrever na primeira publicação?
Se contar já como sou, perde logo aquele entusiasmo de saber como é a pessoa que está por detrás deste site; se vos contar sobre o que quero escrever, vou ter que me limitar a esses temas e não poderia alargar-los no futuro.
Portanto, depois de tantos minutos a olhar para aqui sem saber o que escrever, a primeira publicação está acabada.